segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente irá agradar não só aos fãs de Agatha Christie



Assassinato no Expresso do Oriente chega as telas de cinema com mais uma versão do clássico de Agatha Christie. Lançado em 1934, o livro já ganhou inúmeras edições durante os anos, assim como outras produções de igual qualidade.
Não há dúvidas de que Christie é uma das maiores autoras da atualidade, mesmo tendo falecido em 1976. Anos após a publicação de seu livro, a autora irá levar milhares de pessoas aos cinemas para ver mais uma versão de sua história adaptada. Além de ter publicado mais de cem sucessos literários, seus trabalhos serviram de inspiração para inúmeras produções cinematográficas, além de peças de teatros. Não é atoa que Agatha Christie faz parte da santíssima trindade do romance de detetives, ao lado de outros dois nomes bastante conhecidos pelos fãs do ramo: Edgar Allan Poe e Conan Doyle.

Em 1974 o romance de Agatha Christie ganhou sua primeira adaptação para o cinema, com Albert Finney no papel do renomado detetive. Quarenta e três anos depois, foi a vez do britânico Kenneth Branagh (de Harry Potter e a Câmara Secreta) assumir não apenas a direção do filme, mas também o protagonismo do mesmo. O ator assumiu o compromisso e o realizou com toda a maestria que sabemos ser capaz, roubando para si toda a atenção da história durante os 114 minutos. Ao mesmo tempo em que é burocrático, correto e com um leve TOC, Branagh acrescenta um toque divertido e atrativo ao personagem, tornando-o carismático e diferente da figura repetitiva do livro. Pouco humilde, Poirot sabe que é o melhor detetive do mundo, mas a interpretação do diretor não o torna egocêntrico e esnobe.
Hercule Poirot tinha acabado de resolver um caso em Jerusalém e estava pronto para conseguir suas amadas férias. Por ironia do destino, ele é chamado a Londres e resolve pegar uma carona no luxuoso Expresso do Oriente, onde acaba se deparando com um misterioso assassinato e passageiros misteriosos. O gângster Ratchett (Johnny Depp) é encontrado morto em sua cabine, com exatas 12 facadas pelo corpo. Com o trem preso em meio a neve após uma avalanche, o assassino só pode estar entre os passageiros do vagão. Inicia-se então, uma busca inalcançável pelo culpado. Poirot assume o posto de detetive e enfrenta um dos casos mais complicados de sua vida.

 elenco formado por nomes como Daisy Ridley (de Star Wars: O Despertar da Força), Michelle Pfeiffer (de Batman: O Retorno), Josh Gad (de A Bela e a Fera), Penélope Cruz(de Volver), William Dafoe (de Homem-Aranha) e Judi Dench (de alguns filmes da franquia 007), é a grande sacada da nova produção. O enredo é o mesmo de anos atrás, com algumas alterações que não comprometeram a obra como um todo, mas que poderiam não existir. A atuação contemporânea e representativa de cada ator é o que, somado ao mistério, mantém o espectador atento até os minutos finais. Através de recursos de filmagem, a câmera nos guia em meio a locomotiva, transportando-nos para dentro do caso ao lado de Poirot.
Não julgue o filme pelos minutos iniciais. Parecendo uma clássica comédia boba de Hollywood, o diretor nos introduz ao protagonista de maneira cômica, mas interessante. A medida que temos o desenvolver da trama, percebemos que algo muito mais sério está para acontecer. Assassinato no Expresso do Oriente possui um tipo de elenco, diálogos e situações que não se encaixariam em qualquer outra produção. Cabe ao espectador decidir se é o tipo de filme que lhe agrada e, caso o faça, não irá se decepcionar.
Recentemente foi confirmada uma sequência para o filme e não será difícil imaginar após sair da sessão. Morte no Nilo ainda não teve muitas informações confirmadas, apenas o retorno de seu roteirista, Michael Green. Só nos resta torcer para que o diretor e protagonista também assuma as rédeas mais uma vez.

Ler é Bom, Vai | Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie


Em semana de estreia no cinema, resolvi falar de um dos maiores clássicos da literatura. Qual amante dos livros nunca ouviu falar da autora britânica conhecida como Rainha/Dama do Crime? Quem nunca leu algo escrito por Agatha Christie? Dentre os inúmeros sucessos publicados por ela, muitos já tiveram sua história adaptada para o cinema ou telas de televisão durante os anos. No próximo dia 23, Assassinato no Expresso do Oriente ganhará uma nova produção cinematográfica, estrelada por nomes muito conhecidos e aclamados do ramo. Buscando relembrar a trama original, hoje o Ler é Bom, Vai! fala sobre o livro, publicado pela primeira vez no dia 1º de janeiro de 1934.
“Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada.”
Durante seus anos de sucesso em livrarias, Assassinato no Expresso do Oriente já ganhou diversas reedições. Independente do que estampe sua capa, o que integra suas páginas é o que continua a atrair cada vez mais fãs pelo mundo. Particularmente sou suspeita para falar de Agatha Christie, uma vez que o gênero romance policial é meu segundo favorito – só perde para ficção. Sempre me recomendaram ler as obras da autora e, uma vez começado, é um caminho sem volta. A trama em questão é, provavelmente, a mais conhecida de Christie ao lado de Os Dez Negrinhos ( E Não Sobrou Nenhum). Caso nunca tenha lido nada escrito pela britânica, recomendo começar por esses dois.
Relançado com a capa temática do filme, o livro narra a história do Expresso do Oriente, uma renomada locomotiva famosa por seus luxuosos atributos. Enquanto seguia o caminho para seu destino, o trem é atingido por uma tempestade de neve que o obrigada a parar em meio aos trilhos. Diferente do que era esperado para essa época do ano, o Expresso está cheio de passageiros, mas um deles não acorda na manhã seguinte. Encontrado morto em sua cabine com doze facadas e a porta trancada por dentro, um americano tem sua vida – e morte – investigada por Hercule Poirot, um dos detetives mais famosos da literatura mundial.
Por mais que pareça algo simples, todas as tramas de Agatha Christie estão longe de serem rasas. Assim como acontece em outras histórias, o clímax desta acontece apenas nas últimas páginas, instigando o leitor a permanecer atento até o final. Extremamente inteligente, bem desenvolvido e criativo, o livro envolve todos os personagens em seu decorrer e cada um tem seu momento de destaque no mistério. Estruturada em três partes – “Os fatos”, “Os testemunhos” e “Hercule Poirot para e pensa” -, a obra nos dá a sensação de que estamos ao lado do detetive em plena investigação.
Assassinato no Expresso do Oriente pode ter sido escrito anos atrás, mas sua leitura é tão simples e bem estruturada, que é possível terminá-lo em menos de um dia. Christie não economiza nos detalhes e no sarcasmo, principalmente no que se trata de Poirot. Vou confessar que ele se tornou meu segundo detetive, perdendo apenas para Sherlock Holmes (a versão de Bennedict Cumberbatch de preferência). Quando descobri que seria relançado com a capa do filme, quase me arrependi de ter comprado uma versão antiga – quase, mas não o fiz. A Editora HarperCollinsBrasil não poderia ter aproveitado o filme de maneira melhor, criando um design de capa igualmente misterioso e sinistro quanto sua história.
Elenco que irá estrelar a nova versão de Assassinato no Expresso do Oriente
Após ler essa história maravilhosa, não é de se espantar que seja um dos filmes mais aguardados do ano. Assassinato no Expresso do Oriente chega aos cinemas no dia 30 de novembro.

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