terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

2º dia Carnaval Rio de Janeiro


Beija-Flor de Nilópolis, União da Ilha do Governador e Salgueiro se destacaram no último dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. Unidos da Tijuca, Portela e Imperatriz Leopoldinense também desfilaram pela Sapucaí.
A Beija-Flor levou para a avenida sua crítica à desigualdade social e a todas as formas de intolerância. Última a entrar na Sapucaí, a escola foi seguida por uma multidão na avenida, representando o carnaval de rua.

A União da Ilha prestou uma homenagem à culinária brasileira, com carros luxuosos, e o Salgueiro fez um tributo às mulheres negras.
Já a primeira noite de desfiles foi marcada por protestos da Paraíso de Tuiuti e da Mangueira e também por problemas da Grande Rio, que estourou o tempo e perderá 0,5 ponto. A apuração das notas do Grupo Especial do Rio será na quarta-feira (14).


Unidos da Tijuca

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A Unidos da Tijuca abriu o último dia de desfiles no Rio exaltando o ator, diretor e escritor Miguel Falabella, com o enredo "Um coração urbano: Miguel, o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem".
O homenageado foi destaque, e o desfile contou com Marisa Orth à frente da bateria na pele de Magda, personagem de "Sai de Baixo" que era mulher de Caco Antibes, interpretado por Falabella. Ela usou uma coleira com o nome "Caco".
Amigos como Arlete Salles, Cissa Guimarães, Claudia Raia e Aracy Balabanian também desfilaram. A infância, a vida no teatro, as novelas e as séries de Falabella foram lembradas em quase todas as 29 alas da escola.


Portela


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Uma das campeãs de 2017, quando dividiu o título com a Mocidade, a Portela levantou a Sapucaí com um enredo sobre refugiados. Segunda escola na avenida, a Portela chegou à concentração com gritos de "é campeã" e contagiou a arquibancada, que cantou o samba durante todo o desfile.
A escola da carnavalesca Rosa Magalhães contou a história de judeus que se refugiaram em Pernambuco na época da dominação holandesa.
O tradicional abre-alas da escola não fugiu à regra e veio com a enorme águia no topo, junto a dezenas de integrantes com asas luminosas. A escola de Madureira detém o maior número de títulos no Grupo Especial do Rio, 22 no total.
Uma das campeãs de 2017, quando dividiu o título com a Mocidade, a Portela levantou a Sapucaí com um enredo sobre refugiados e terminou o desfile na noite desta segunda-feira (12) com chance de levar o bicampeonato. Segunda escola a atravessar a avenida, a Portela já chegou à concentração com gritos de "é campeã" e contagiou a arquibancada, que cantou o samba durante todo o desfile.
A escola da carnavalesca Rosa Magalhães abordou a questão dos imigrantes e refugiados ao contar a história de judeus que se refugiaram em Pernambuco na época da dominação holandesa. Chamada de Majestade do Samba, a escola de Madureira detém o maior número de títulos no Grupo Especial do Rio, 22.
O tradicional abre-alas da escola não fugiu à regra e veio com a enorme águia no topo, junto com dezenas de integrantes com asas luminosas. Vieram de destaque Monarco e Tia Surica.
A atriz Sharon Menezzes, que já foi rainha de bateria da Portela, desfilou como musa.
Com recursos simples, Rosa Magalhães conseguiu belos efeitos nas alegorias. Um navio pirata era acompanhado de uma ala com fantasias que reluziam como a luz da lua no mar. Um enorme tatu abria o casco e revelava um canavial de integrantes em verde neon.
A bateria deu show executando o samba com bossas que passavam pelo xote e pelo baião e fazendo coreografia.



Grupo "Brilho do Mar", no desfile da Portela, reproduzia o brilho prateado da lua sobre o mar com roupas espelhadas (Foto: Alexandre Durão/G1)

União da Ilha

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A União da Ilha do Governador despertou os sentidos na Sapucaí ao mostrar os ingredientes, as cores e até os aromas da culinária brasileira. A escola foi a terceira a desfilar no segundo dia do Grupo Especial do Rio, com o enredo "Brasil bom de boca".
A musa Gracyane Barbosa foi rainha de bateria, à frente dos ritmistas vestidos de cozinheiros. O carro abre-alas tinha cheiro de café, e o carro sobre cacau exalava chocolate.
A ala das baianas virou "ala das bananas", em homenagem à pacova, nome que os índios davam à banana da terra na época da chegada dos portugueses.



Salgueiro


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Em busca de seu décimo título, após nove anos sem vencer, a Acadêmicos do Salgueiro fez um tributo às mulheres negras e buscou inspiração em um enredo que homenageou Xica da Silva, há 55 anos.
Os músicos da bateria se vestiram de faraós negros, com os rostos pintados de tinta preta. À frente estava a rainha Viviane Araújo como Hatshepsut, uma rainha-faraó do antigo Egito.
Os 3.600 componentes das 34 alas representaram guerreiras, revolucionárias, mucamas, mães, artistas e escritoras negras, como Auta de Souza, Carolina de Jesus e Maria Firmina. O sexto e último carro apresentou uma versão negra da Pietá de Michelangelo, em uma crítica às mães brasileiras que perderam seus filhos com a violência urbana.



Imperatriz Leopoldinense

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A Imperatriz Leopoldinense misturou realeza e ciência natural no desfile sobre os 200 anos do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O carnavalesco Cahê Rodrigues se inspirou no filme "Uma noite no museu" e levou para a Sapucaí insetos, aves, fósseis e meteoros.
A escola abriu mão do tripé na comissão de frente e fez uma apresentação firmada na coreografia. O tempo de execução da performance, contudo, quase comprometeu o tempo de desfile.
A tenente do Corpo de Bombeiros Flávia Lyra estreou no posto de rainha da bateria, que por quatro anos foi ocupado pela atriz Cris Vianna.


Beija-Flor

Pabllo Vittar foi destaque de carro da Beija-Flor que tratava de intolerância (Foto: Alexandre Durão/G1)


A Beija-Flor de Nilópolis encerrou os desfiles com um paralelo entre o romance "Frankenstein", que faz 200 anos, e as mazelas sociais brasileiras. Corrupção, desigualdade, violência e intolerâncias de gênero, racial, religiosa e até esportiva formaram o cenário "monstruoso".
Os protestos fizeram coro com dois desfiles do dia anterior: do Paraíso do Tuiuti e da Mangueira.
O samba-enredo comandado por Neguinho da Beija-Flor e cantado alto pelo público da Sapucaí tem o título "Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu".

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