quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Um pouco de História do Samba do Rio: G.R.E.S. SÃO CLEMENTES, sua história e seu samba enredo 2018.

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G.R.E.S. SÃO CLEMENTE
  1964 - Campeã do Grupo de Acesso1966 - Campeã do Grupo de Acesso2003 - Campeã do Grupo de Acesso2007 - Campeã do Grupo de Acesso2010 - Campeã do Grupo de Acesso

dados básicos
FUNDAÇÃO
25/10/61
CORES
Amarelo e Preto
LEMA
N/D
FILIAÇÃO
LIESA
GRUPO ATUAL
Grupo Especial
QUADRA
Av. Presidente Vargas, 3.102
Centro
20940-070
Telefone: 2580-2121
BARRACÃO
Cidade do Samba - Bar. 09
20940-070
Gamboa
Telefone: 2580-2121
Sua escola?






história
Em meados de 1953, um grupo de jovens do bairro de Botafogo, praticantes da arte de futebol, participavam de uma equipe nas cores azul e branca que se chamava São Clemente Futebol Clube, em homenagem a rua que se reuniam.

Frequentemente faziam excursões para jogar em outras cidades.Numa dessas viagens, com destino à Bananal no Estado do Rio, o grupo se reuniu em frente a vila Gauí existente até hoje na rua São Clemente 176, e enquanto aguardavam o ínicio da viagem, Ivo da Rocha Gomes avistou na porta de uma quitanda, duas barricas vazias de uvas, que de imediato transformou em instrumento de percursão para uma animada batucada.

A empolgação foi tanta, que Ivo da Rocha Gomes resolveu criar a partir daquele momento um " Bloco de sujos " que passou a desfilar no Carnaval pelo bairro de Botafogo com as cores azul e branca.

O Primeiro samba enredo foi de autoria de Nelson Escurinho com a seguinte letra:

VAMOS CANTAR A MELODIA
TRAZIDA DO MEU CORAÇÃO
VAMOS ESQUECER A TRISTEZA CRUEL DA DESILUSÃO
DA MELODIA FIZ UM POEMA
QUE CANTO NAS NOITES DE SOLIDÃO

EU ERA TÃO FELIZ
VIVIA NA MAIOR DESILUSÃO
HOJE NÃO ME RESTA MAIS NADA
SÓ EXISTE NO MEU CORAÇÃO
E NESTE SAMBA QUE É UM POEMA
QUE CANTO NAS NOITES DE SOLIDÃO

Algumas das pessoas que colaboraram na Fundação da Escola foram Paulo Negão, Marina Gomes, Dona Zélia, Ivo da Rocha Gomes, Jorge Andrade, Marina da Conceição Gomes, Daniel Teixeira, Hugo da Rocha Gomes, Daniel (Tio Miro), Waldomiro (Miro da Neném), Ivam da Silva Vaz (Guiga), Elpidio dos Santos, João Marinho, Sebastião Costa, Conceição Farias, Adalberto de Almeida, Rodolfo Pinto de Oliveira, Paulo Ney Xavier (Paulo Negão), Carlos Correa Lopes (Carlinhos Pato Roco), Aílton da Conceição (Aíton Fala Grosso), Nelson do Piston, China da Caixa de Guerra, Henrique Torquatro (Dunga), Benildo Mendes Vieira de Carvalho, Zélia Baptista, Carmindo Moacir (Moacir do Chucalho), Romualdo (Mundinho) e Jorge Andrade.

               Imagem relacionada

A São Clemente, do bairro de Botafogo, na zona sul do Rio, vai ser a segunda escola de samba a entrar na avenida no domingo (11) de carnaval, com o enredo Academicamente Popular, que saúda a história da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Esta reportagem é parte da série que a Agência Brasil publica, até o carnaval, sobre os preparativos para os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro.
O tema escolhido pela São Clemente tem muita ligação com o carnavalesco Jorge Silveira, que estudou na EBA entre 1999 e 2003 e se formou em Educação Artística.



Jorge Silveira estreia na São Clemente com enredo sobre a Escola de Belas Artes, onde se formou
Jorge Silveira estreia na São Clemente com enredo sobre a Escola de Belas Artes, onde se formou
























Jorge substituiu a carnavalesca Rosa Magalhães, também formada pela Escola de Belas Artes e que neste ano está na Portela. Como professor de Artes, Silveira já tinha desenvolvido pesquisa sobre a história da Escola da UFRJ e foi a partir do estudo, disponível na internet, que surgiu o convite da São Clemente.
“Foi iniciativa da escola, portanto, tornar este enredo uma homenagem aos 200 anos da Escola de Belas Artes realidade”, disse o carnavalesco, que elogiou o suporte da instituição para que ele pudesse desenvolver o enredo.
Os impactos provocados pela redução à metade dos recursos financeiros repassados pela prefeitura e pela interdição dos barracões pelo Ministério Público do Trabalho, nos meses de outubro e novembro, para garantir mais segurança nos profissionais do barracão, não impactaram de forma significativa o cronograma da São Clemente.
Jorge creditou isso à experiência que já tinha adquirido nos anos de serviços em escolas da Série A, até ser, no ano passado, carnavalesco da Viradouro. Essas agremiações têm uma realidade mais difícil de falta de estrutura e de dinheiro.“Estou acostumado a trabalhar com a dificuldade. Na Série A, a restrição é modus operandi. É normal ter dificuldade. Já estava espiritualmente calejado para um ano de dificuldade. Foi muito além do que a gente imaginava, mas a gente conseguiu resolver com planejamento”, contou.
Para driblar possíveis atrasos no desenvolvimento do enredo, o carnavalesco entrou no barracão com antecedência, no dia 3 de março. Isso permitiu ter acesso a profissionais especializados antes de serem contratados por outras escolas e a orçamentos mais baratos de materiais. O resultado é que em junho já tinha um carro alegórico de pé.

“Enquanto tinham escolas sem decidir o enredo que iam fazer, eu já estava construindo carro alegórico. Isso para mim foi uma enorme vantagem. Quando houve a interdição dos barracões, eu já tinha quatro alegorias em pé. A gente resolveu o problema com muito trabalho de antecedência e planejamento”, disse.



Ateliês no barracão da São Clemente, onde são preparados as fantasias e os adereços da escola

O trabalho nos ateliês do barracão da São Clemente começou cedo, logo depois do carnaval, o que permitiu à escola economizar recursos em um ano de cortes no orçamento Relação entre academia e carnaval































Para o professor de arte e carnavalesco, a parceria entre as escolas de samba e o mundo acadêmico é perfeitamente possível. “É uma junção natural e não uma invenção minha. Eu termino meu carnaval prestando uma homenagem à geração de professores que saíram da Escola de Belas Artes e foram fazer carnaval nos barracões, nos anos de 50 e 60. Essa relação da escola de samba com a Escola de Belas Artes é de várias décadas que se passaram no carnaval, com muitos títulos e com grandes nomes. Com o conhecimento que eles transferiram da academia para o barracão, redimensionaram a escola de samba para transformá-la no maior espetáculo audiovisual do planeta”, avaliou.
Para Jorge, há uma ligação direta entre o que se faz nos barracões da Cidade do Samba e nos ateliês da Belas Artes. “O ateliê da Escola de Belas Artes é muito semelhante ao ateliê de um barracão. A gente tem escultura, pintura, resina, tecido, tudo o que existe na oficina de Belas Artes tem no barracão”, indicou, citando, ainda o conhecimento de materiais, técnicas construtivas, a paleta de cores, como parte dessa experiência incluída no trabalho dos barracões.
Nos ateliês das escolas na Cidade do Samba, que ficam no quarto andar, os artistas e costureiras fabricam fantasias e adereços que passarão na avenida durante os desfiles. Jorge acompanhou de perto o trabalho durante todo o desenvolvimento do enredo.
Setores do desfile
A primeira parte do desfile da Amarelo e Preto de Botafogo vai tratar da chegada da missão artística francesa ao Brasil, a pedido de dom João VI, para atuar na instituição desde sua construção. Depois passa pela influência de Debret, que retratou a vida cotidiana da cidade do Rio de Janeiro naquela época.
O terceiro setor vai mostrar a glória e esplendor dos salões da academia quando os alunos competiam por medalhas e premiações. O destaque no setor será o primeiro grupo de professores brasileiros que substituiu os franceses e se tornou elite da arte no Brasil.
O quarto setor trará a ruptura dentro da academia, que se deu quando alunos saíram do interior da escola para as ruas, para pintarem em contato com a natureza, se libertando dos paradigmas dos manuais franceses.
Em seguida, será apresentada a arte moderna genuinamente brasileira, com temáticas que representavam o homem comum: o caipira, o pescador, o dia a dia do brasileiro nativo.
No final, vem a homenagem aos carnavalescos vindos da Belas Artes. Além das escolas de samba, eles influenciaram a decoração da avenida Presidente Vargas e da avenida Rio Branco, ambas no centro, onde ocorriam os desfiles antes da construção do Sambódromo.

Ouça o samba da São Clemente para o Carnaval 2018

Compositores: Ricardo Góes, Flavinho Segal, Naldo, Serginho Machado, Fabiano Paiva, Igor Marinho e Gusttavo Clarão
Intérprete: Leozinho Nunes
VEM VER! CONVIDEI DEBRET
PRA PINTAR O DESFILE DO MEU CARNAVAL
A ARTE NEOCLÁSSICA IMPERA
NO BRASIL COLONIAL
D.JOÃO! EM NOBRES TRAÇOS VÊ INSPIRAÇÃO
E FAZ UM RIO À FRANCESA
ERGUENDO OS PILARES DO SABER
EMOLDURANDO… A EXUBERANTE NATUREZA
ONDE TODA FORMA SE MISTURA
NA MAIS PERFEITA ARQUITETURA
É A FORÇA DA MATA, SALVE SÃO SEBASTIÃO
ONDE O ARTISTA ENCONTRA O POVO, A BELEZA DESSE CHÃO
VIU NO TOM A NEGRITUDE, VIU NO ÍNDIO ATITUDE
O ESPLENDOR DE UMA NAÇÃO
AO VER A MINHA OBRA NA AVENIDA
RELEMBRO DOS ARTISTAS IMORTAIS
É A BRASILIDADE DANDO VIDA
À ARTE DOS SALÕES AOS CARNAVAIS
HOJE… “QUEM CHORAVA VAI SORRIR”
OS MANUAIS VÃO RELUZIR
A “MISSÃO” NO PEITO DE QUEM AMA
EM MANTER ACESA A CHAMA
RECRIAR… OS 200 ANOS DE HISTÓRIA
NUMA LINDA TRAJETÓRIA
ACADEMICAMENTE POPULAR
A MAIS BELA ARTE O SAMBA ME DEU
FIZ DA SÃO CLEMENTE O RETRATO FIEL
OS TRAÇOS MAIS FINOS, COM AS BENÇÃOS DE DEUS
DESLIZAM NO MEU PAPEL



Vídeos: ensaio técnico de quadra da São Clemente para o Carnaval 2018




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